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sábado, 25 de setembro de 2010

Artigo: Pedro Campos Fernandes - Como profetizou Pelé...

Pedro Campos Fernandes
Até a semana passada parecia que a eleição seria apenas para presidente. Aos poucos, notou o povo que terá que votar em outros cargos. A eleição para governador entrou agora em cena.

O estranho sistema de divisão do horário na TV faz com que sejam apenas dois partidos, dois candidatos. Em vez de eleição, teremos um plebiscito. Ou este ou aquele.

Debates são programas mais esclarecedores que o horário eleitoral, que deveriam alcançar a todos, em horário nobre. Mas por algum indizível motivo, só acontecem tarde da noite.

Ninguém sabe quantos candidatos a governador estão na disputa. Em São Paulo, por exemplo, sabe-se de Geraldo e Mercadante, os outros não contam. O mesmo é com a eleição para presidente. Dilma ou Serra, ninguém mais.

Quando votamos em presidente e em governador, votamos também em um vice de cada um, cargo obscuro, mas que poderia nos ajudar na escolha. No caso dos senadores, votaremos em dois suplentes para cada.
Outra coisa que não entrou ainda na cabeça dos eleitores: terem que votar em dois candidatos a senador. Na realidade, poucos sabem o que é senador ou o que ele faz.

Se já é difícil escolher um, o que se dirá de dois? Esta bigamia eleitoral complica. Se vamos votar em um por simpatia, como votar também em seu adversário?

Tem quem ache que deputado federal e senador podem receber voto do país inteiro, assim como os candidatos a presidente. Algo está errado. Será proposital esta desinformação toda?

A campanha de esclarecimento feita pela TV é muito acanhada, não sensibiliza o eleitor a refletir sobre o que é eleger tanta gente – seis – mais vices e suplentes, e para que serve cada um deles.

Está claro o que fazem governador e presidente: governam e mandam executar. O deputado federal representa o povo, o senador representa o Estado que o elegeu no congresso nacional e junto ao poder executivo.

Deputado estadual faz leis para o seu estado e fiscaliza o governador. Deputado federal faz leis para o país, traz verbas e melhorias para o seu Estado e fiscaliza o presidente.

Uma coisa que vai tumultuar a eleição é a obrigatoriedade de apresentar um documento oficial com foto para poder votar. Por que não pensaram nisso antes, com tempo para emitirem títulos eleitorais com a foto do cidadão?

Estas são confusões criadas pela lei eleitoral. Pela qualidade ética dos legisladores, só em uma nova constituinte a reforma política poderá ser votada com seriedade. Enquanto isso vale a conveniência dos congressistas.

Para piorar, como profetizou Pelé há 30 anos, o brasileiro não sabe votar, ainda escolhe seus candidatos com o coração, por isto deixa-se seduzir por um e pronto, os outros viram “inimigos”.

De qualquer forma as eleições estão aí. A mídia, candidatos, cabos eleitorais e formadores de opinião como você e eu, não só podemos como devemos ajudar no esclarecimento ao eleitor comum.

Se nada for feito, após as eleições vamos novamente lamentar por ter que esperar mais quatro anos para fazer o que pode ser feito agora.

Pedro Campos FernandesSecretário Executivo da AMAT – Associação de Municípios do Alto Tietê * Empresário * Formado em Expressão Verbal no Instituto Reinaldo Polito * Historiador da vida do Padre Eustáquio * Palestrante sobre os temas “Desperdício de Água, Excesso de Lixo” e “A Arte de se Relacionar” * Coordenador Político do PMDB em Poá * Vereador de Poá de 1996 a 2000, pelo PMDB * Secretário de Estratégia e Desenvolvimento de Poá de 2004 a 2008, quando foi: - Supervisor da Comunicação Social - Coordenador do Plano Diretor de Poá - Representante do prefeito na AMAT * Presidente da Associação Comercial e Industrial de Poá - 1994 a 2004 * Conselheiro do E C XI Paulista, de Poá * Sócio Honorário da Associação de Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Poá * Fotógrafo Profissional pela Fuji Film do Brasil * Fotógrafo internacional da Good Year de 93 a 96 * Membro do Conselho Municipal de Desenvolvimento de Poá, de 84 a 88 * Coordenador do Conselho Carcerário da Cadeia Feminina de Poá – de 97 a 99 * Conselheiro da Escola Arcanjo Micael, de Pedagogia Waldorf, de 80 a 82 * Diretor do semanário Novojornal de 78 a 93


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