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terça-feira, 9 de agosto de 2011

A empresa brasileira é vítima de sua própria ingenuidade em gestão


Artigo - Ivan Postigo

Como está a organização em sua empresa?

Muitos gestores responderiam: - Está bem!

Tiraria nota dez em procedimentos, uso de ERP, controle de custos - se antecipando aos acontecimentos-, rígido controle de caixa- aproveitando e explorando todas as oportunidades de financiamentos e investimentos -, condução do CMR com excelência?

Com certeza responderiam: - Assim também não! - Onde estamos e para onde vamos é estratégico, e isso só é possível saber com informações. Cuidado, então, com aquilo que minimiza, tratando como operacional.

Não é difícil chegar a essa conclusão, faça essa pergunta a seus colaboradores. Eles realmente sabem o que está acontecendo.

Gestão empresarial, como os esportes, no mundo todo, deixou o caráter amador há muito tempo. Quem participa não é apenas profissional e nem de alto nível, mas de altíssimo nível. No esporte não basta ser forte e rápido, é necessário ser muito forte e muito rápido!

Assim também ocorre no mundo empresarial. O tamanho da empresa cada vez importa menos, pois o mercado não é conquistado por aquele que apenas tem a informação, mas por aquele que a usa de forma correta e rápida.

Criatividade é um tema fundamental e mal interpretado no nosso mercado. A avaliação dessa questão é muito simples, basta perguntar: estamos materializando aquilo que criamos? Se a resposta for não, estamos apenas desperdiçando imaginação!

Nas palavras de Thomas Edison: “Visão sem execução é alucinação”.

O que torna a gestão empresarial um grande desafio são os seguintes aspectos:
·        A cada ano nosso trabalho se torna mais complexo;
·        Os negócios estão muito mais competitivos;
·        Funções exigem cada vez mais especialização;
·        A instabilidade das carreiras tem aumentado substancialmente;
·        Os objetivos são cada vez mais desafiadores;
·        Os orçamentos estão mais apertados;
·        Os prazos apertadíssimos;
·        O ritmo das mudanças muito acelerados.

Como nesse mundo louco podemos desenvolver expertise, de forma rápida, quando a falta de qualificação é tema do dia?

Reconhecendo que precisamos repensar a empresa. Isso não significa que fará uma revolução, mas que dedicará, pelo menos, algum tempo à reflexão.

Alguns setores de nossa economia sofrem com a invasão de produtos importados. Impostos, taxas cambiais, juros altos são fatores que os tornam menos competitivos, mas há aspectos internos nas empresas que precisam e podem ser melhorados.

Faça a seguinte averiguação: escolha um número interessante de empresas de setores que sofrem neste momento e envie aos seus gestores um convite para que se reúnam para conversar e debater o futuro da organização. Verá que pouquíssimos aceitarão o convite.
Observe que a sua proposta não é de transformação, mas de reflexão!

Um amigo consultor chamava a atenção para uma frase muita usada para “declinar” um convite para reflexão: “não temos nenhuma necessidade específica”.  Ora - dizia ele - será que as pessoas não se dão conta que falamos em termos estratégicos e não operacionais?

Não, não se dão conta. Gestão no nosso mercado tem inclinação operacional, não estratégica. Nossa cultura empresarial é imediatista. Razões para explicá-la não faltarão!

Quando gestores voltam de suas viagens à China e nos falam sobre suas observações, a maioria está focada em chão de fábrica. Raramente há uma abordagem estratégica.

Note que entre nossas empresas poucas estão se dedicando a criar uma marca forte, e raríssimas estão voltadas a “pensar” como tornar o seu produto mais barato que todos os concorrentes para conquistar mercado também no exterior. Com isso perdem espaço para as grifes e produtos baratos (commodities) importados. Que mercado resta para ser explorado?

Capitais sempre foram nômades, agora as empresas os acompanham e estarão instaladas onde os custos apresentarem vantagens competitivas.

Algumas pessoas poderão dizer que sempre foi assim, mas não. Há uma diferença fundamental: as empresas se instalavam onde os mercados eram fortes compradores ou emergentes, mas a instalação agora tem o caráter produtivo.

Você poderá perguntar: - Vai vender para quem?

Simples: para o mundo todo!

Você acha que essa é uma decisão estratégica ou operacional?

Os atos de pensar e debater são complexos, pois como nos diria o humorista e escritor americano Steven Wright: “Acabei me perdendo nos pensamentos. Era um território desconhecido...”

Louis L’Amour nos alertaria: “Quanto mais aprendemos, mais compreendemos nossa ignorância”.

Pensar, debater, criar... materializar!

O Brasil só será Maior se o futuro não for menor, e este temos que criar!

E você, tem conversado com especialistas sobre a criação do futuro da sua organização ou ainda não tem “uma necessidade específica”?


Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
Articulista, Escritor, Palestrante
Postigo Consultoria Comunicação e Gestão
Fones (11) 4526 1197 / (11) 9645 4652
Twitter: @ivanpostigo
Skype: ivan.postigo

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