Ângulo Produções

Ângulo Produções
Serviço Profissional de Fotojornalismo e Vídeojornalismo - Informações Ligue (11) 2854-9643

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Terceira Via: "Uma porta grande e eficaz"

O primeiro entrevistado da série é o pastor Geremias do Couto, que primeiro tomou a iniciativa de propagar a ideia da Terceira Via na CGADB não só nas redes sociais, mas também em encontros com diferentes lideranças das Assembleias de Deus, que se mostraram abertas à possibilidade como forma de romper a polarização existente.

Pastor Geremias do Couto serve às Assembleias de Deus no Brasil como ministro desde 1977, quando foi ordenado ao ministério com 23 anos. Foi integrante da equipe de evangelismo do saudoso missionário Bernhard Johnson e missionário entre o povo de língua portuguesa nos Estados Unidos, numa época de pouquíssimos brasileiros e muitos portugueses do continente e das ilhas. Dirigiu naquele pais o primeiro Instituto Bíblico de Língua Portuguesa, localizado na cidade de Fall River, Massachuchets. Foi redator dos periódicos da CPAD, fez parte da equipe do Departamento de Educação Cristã da mesma editora, onde também chefiou o Departamento de Jornalismo até assumir a então Diretoria de Publicações, além de escrever comentários para a Escola Dominical. Coordenou o projeto Minha Esperança no Brasil nos anos 2007/2008 e mantém vínculos fraternos com a Associação Evangelística Billy Graham. Casado com a profª. Debora Couto, o casal tem três filhos: Giselle Couto, escritora e esposa de Rodrigo Miguel, André Couto, pastor em Brasília e esposo de Jeanyne Couto, e Marcelle Couto, cantora e ainda solteira. O pastor Geremias do Couto é jornalista e Bacharel em Teologia.

Vamos à entrevista:

O que o levou a tomar a iniciativa de propagar a ideia da Terceira Via na CGADB?
Não foi uma iniciativa fácil. Considerava-me a pessoa menos indicada para começar este movimento, pelos desafios que representam, e sabia, como sei, dos grandes obstáculos que terão de ser vencidos para que a Terceira Via na CGADB se torne viável. Mas há alguns meses fui motivado a ler Neemias e entendi que, institucionalmente, a nossa CGADB vive momentos muito parecidos com a situação experimentada por Jerusalém, cujos muros estavam destruídos, a cidade arrasada, necessitando de alguém que reerguesse o espírito do povo para reconstruir Jerusalém. As decisões tomadas por Neemias me inspiraram. O seu exemplo me fez seguir adiante.

O irmão tem conversado com líderes assembleianos sobre a proposta?
Sim. Tenho conversado muito e encontrado bastante receptividade. É óbvio que neste primeiro momento nossas conversas giram em torno do que a Terceira Via representa como proposta e que estratégias podemos usar para levá-la a bom termo. Mas vejo uma “porta grande e eficaz” sendo aberta para que vivamos tempos de verdadeiro avivamento nas Assembleias de Deus a partir de mudanças que podem ser efetuadas na CGADB, se todos entendermos o significado da Terceira Via.

O irmão não teme as pressões para que desista da empreitada?
Em primeiro lugar, a proposta da Terceira Via já saiu de minhas mãos e tomou voo próprio, com a adesão de vários companheiros que nos ajudam a propagá-la pelo país. Ela, hoje, pertence a centenas de pastores da CGADB. Em segundo lugar, se esta for a vontade de Deus, nenhuma pressão será suficientemente forte para deter a marcha da Terceira Via. Em terceiro lugar, as pressões, ao invés de enfraquecerem a proposta, só fazem fortalecê-la. Em quarto lugar, embora me considere frágil e incapaz, não só levo muito a sério a Terceira Via como algo que Deus pode estar pondo em nosso coração, além de não me esquecer do conselho de Provérbios 24.10: “Se te mostrares fraco no dia da angústia, é que a tua força é pequena”.


Não teria sido melhor para o irmão deixar de envolver-se nessas questões para não vir a ser prejudicado?
Faço todo o esforço para olhar o Reino de Deus em primeiro lugar. É dessa forma que me posiciono quanto à Terceira Via. Se qualquer prejuízo que eu tiver trouxer glória ao nome de Cristo, bendito prejuízo! Por outro lado, lembro-me da história de um cidadão que sempre passava por uma cerca de arame farpado e dizia: "Alguém ainda vai furar os olhos aqui, se esta cerca não for removida". Era o mesmo discurso todos os dias até que ele mesmo furou os olhos e ainda resmungou: "Eu não disse que alguém ainda iria furar os olhos aqui?" Nossa luta é para não deixar chegar a esse ponto.

O pastor Jesiel Padilha, ao propor a moção de apoio à reeleição do pastor José Wellington Bezerra da Costa, disse que a Terceira Via não tem nomes fortes e não dispõe de um arco de alianças para apoiá-la. O irmão considera que isso seja uma fragilidade da proposta?
Para começar, considero um desrespeito achar que não haja, entre milhares de membros da CGADB, nomes preparados que possam concorrer à presidência da CGADB. Por outro lado, o que o pastor mencionado considera uma suposta fragilidade é, na verdade, a grande força da Terceira Via. Ela não nasce capitalizada por um nome. Ela não é fruto de partidarismos. Ela não é a composição de alianças em busca do poder institucional. A Terceira Via é uma proposta, uma filosofia, que, na medida em que for sendo sedimentada e ganhe a confiança da maioria de nossos pares, os nomes que vierem a ser escolhidos para representá-la para concorrer à presidência e aos demais cargos da Mesa Diretora já estarão respaldados para o papel que terão de desempenhar.

O irmão acredita na Terceira Via?
Acredito. Se não acreditasse, já teria desistido há muito tempo.

Fonte: http://www.terceiraviacgadb.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado pela sua participação, estamos sempre trabalhando para levar boas informações ao público.

Parcitipe enviando seu e-mail para redação: jornal@anguloproducoes.com.br

Acesse o nosso site: www.je.inf.br