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sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Junji inicia mobilização para acudir produtores


Segundo o deputado, crescente importação de leite e derivados de países onde a agricultura é subsidiada ameaça sobrevivência de míni, pequenos e médios produtores paulistas
A suspensão das crescentes importações de leite e derivados de países onde a agropecuária recebe fortes subsídios governamentais é o principal objetivo da mobilização deflagrada pelo deputado federal Junji Abe (PSD-SP) para socorrer os produtores brasileiros. “É vital adotar medidas de defesa comercial para garantir a sobrevivência da agricultura familiar e de míni, pequenos e médios profissionais que não resistirão à concorrência desleal com os importados. A situação só beneficia grandes laticínios particulares”, protestou o parlamentar.

Acionado pela Assirvap – Associação dos Sindicatos Rurais do Vale do Paraíba e entidades cooperativadas paulistas, Junji participou, nesta quinta-feira (27/09/2012), de uma reunião para tratar do assunto, na sede da Faesp – Federação da Agricultura do Estado de São Paulo. Presidida por Fábio de Salles Meirelles, a entidade manifestou integral respaldo ao movimento.

Junji também aguarda uma audiência com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro, além de haver solicitado que a FPA – Frente Parlamentar Mista em Defesa da Agropecuária, presidida por Homero Pereira (PSD-MT), e a Capadr – Comissão de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural da Câmara engrossem a luta dos produtores.

O deputado pediu a intervenção direta de Domingos Sávio (PSDB-MG), presidente da Subleite – Subcomissão Permanente destinada a acompanhar, avaliar e propor medidas sobre a produção de leite no mercado nacional, que está vinculada à Capadr. Com o envolvimento dos colegiados do Congresso Nacional que atuam em defesa da agropecuária nacional, Junji espera sensibilizar o governo federal para evitar o “massacre dos agricultores familiares, míni e pequenos produtores”.  

Dados da Assirvap mostram que a produção brasileira é suficiente para suprir a demanda anual de 31 bilhões de litros de leite do mercado interno.  Mesmo assim, nos primeiros seis meses deste ano, o País já importou quase 3,6 bilhões de litros. Se o ritmo de compras externas perdurar, 2012 terminará com um volume de importações do produto 5,07% superior ao total comprado em 2011. “Ou seja, inexplicavelmente, vêm de fora, mais de 23% do consumo anual”, calculou Junji.

Não bastasse a incoerência no volume de importações de produtos lácteos, apontou Junji, o Brasil dispensa os vendedores externos das exigências fixadas para os produtores brasileiros. “Importa leite em pó, soro em pó e derivados de qualidade desconhecida e sem qualquer monitoramento dos respectivos processos produtivos, o que configura risco à saúde pública”, advertiu o deputado com base no levantamento feito pela associação de sindicatos rurais.

Para conter a escalada de falências no campo, uma das medidas reivindicadas é a revisão do tratado entre os países do Mercosul quanto à importação de leite em pó, soro em pó e derivados. Os grandes laticínios particulares compram os produtos importados por valores bem menores, porque provêm de países onde os governos subsidiam com fartura a agropecuária.

“A situação deixa o produtor nacional sem meios de competir porque ele tem de vender seus produtos por preços que mal cobrem os custos de produção, inviabilizando a atividade”, afirmou Junji que também preside a Pró-Horti – Frente Parlamentar Mista em Defesa do Segmento de Hortifrutiflorigranjeiros. O colegiado mais de 230 congressistas – entre deputados e senadores – solidários ao apelo pela implantação de políticas públicas voltadas ao segmento de verduras, legumes, tubérculos, bulbos, frutas, champignon, mel e derivados, aves e ovos, pecuária de leite de pequeno porte, flores e outros itens dirigidos ao abastecimento do mercado interno.

Os produtores nacionais precisam de estímulo para produzir mais e exportar. Não para suspender suas atividades e deixar o País à mercê das importações, como evidenciou Junji. Ele frisou que o segmento gera mais empregos que a indústria automobilística e responde por boa parte do resultado econômico brasileiro, com expressivo valor na balança comercial.

Reiterando o protesto contra o descaso nacional com a agropecuária, Junji disse que o Brasil é um dos países que menos subsidia os produtores. De 2003 a 2005, os subsídios aos agricultores brasileiros somaram 5% do valor bruto das receitas agrícolas, bem abaixo da média de 30% propiciada por países membros da OCDE – Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, como Estados Unidos, França, Itália e Inglaterra.

Além de convencer o governo a barrar as importações de leite e derivados, assim como elevar os subsídios aos produtores rurais brasileiros, a mobilização encapada por Junji também objetiva garantir a preferência do produto nacional nas compras governamentais para inclusão na merenda escolar e cestas básicas.

O apelo para acudir os produtores de leite e derivados chegou a Junji por meio das instituições classistas do Vale do Paraíba. São os sindicatos rurais de Jacareí, Santa Branca, São José dos Campos, Monteiro Lobato, São Bento do Sapucaí, Paraibuna, Caçapava, Taubaté, Pindamonhangaba, Guaratinguetá, Lorena, Cachoeira Paulista, Cruzeiro, Queluz, Bananal, Areias, Silveiras e São José do Barreiro, além das cooperativas de laticínios Cooper, de São José dos Campos; Comevap, do Médio Vale do Paraíba; Serramar, de Guaratinguetá; de Santa Isabel, de Cachoeira Paulista e de Lorena.

Fonte: AI

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