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segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Namíbia acusa Botsuana de atraso na identificação de local onde avião da Embraer caiu

As autoridades de tráfego aéreo da Namíbia responsabilizam Botsuana pela demora na identificação do local onde o avião das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) caiu na última sexta-feira (29), alegando que o país vizinho não comunicou o desaparecimento da aeronave dos seus radares. O acidente ocorreu em território namíbio, mas a acusação é que o controle do voo era feito por Botsuana.

Já foram resgatados 31 corpos dos destroços do avião, encontrado sábado (30). O acidente não deixou sobreviventes. Os corpos de duas pessoas não haviam sido resgatados. A aeronave acidentada, um Embraer 190 de 93 lugares, recentemente adquirida pela LAM, foi fabricada no Brasil e entrou em serviço no dia 17 de novembro de 2012. O avião era equipado com dois motores da General Electric (GE).
De acordo com o controlador-chefe de Tráfego Aéreo do Ministério de Obras e Direção da Aviação Civil da Namíbia, Victor Likando, Botsuana não comunicou o desaparecimento do voo TM-470 da LAM entre Maputo, em Moçambique, e Luanda, em Angola. Segundo ele, foram as autoridades da Namíbia que contataram os departamentos em Gaborone, capital de Botsuana.

"Botsuana nunca nos disse. Eles deviam ter nos avisado, mas nunca o fizeram", disse Likando. Na sexta-feira, o avião da LAM caiu no Parque Nacional de Bwabwata, limitado a norte por Angola e a sul por Botsuana. As equipes de socorro chegaram ao local dos destroços 21 horas depois do acidente, que se presume ter ocorrido no começo da tarde.

Likando informou ainda que a tripulação do avião não tinha necessidade de contactar as autoridades da Namíbia porque, naquele percurso, a aeronave leva cerca de três minutos para atravessar o país - justamente o local onde o avião caiu. De acordo com ele, os aeroportos de Katima Mulilo e de Rundu, ambos no Norte do país, não receberam alertas de emergência.

A Namíbia vai liderar a unidade de investigação do acidente, que terá técnicos de Moçambique e Angola (países de origem e destino do voo, respectivamente), do Brasil (país onde a aeronave Embraer 190 foi produzida) e Estados Unidos (país onde foram fabricados os motores do avião), segundo normas da Organização Internacional da Aviação Civil (Icao). O resultado das investigações tem de ser apresentado em 30 dias.

A administradora da LAM, Marlene Manave, disse ontem que a aeronave havia sido inspecionada no dia anterior ao voo, como atividade de rotina que normalmente é feita de 14 em 14 dias. A representante da empresa informou que a companhia está empenhada em saber as reais causas do acidente.

De acordo com ela, o comandante do voo havia completado 9.053 horas de atividade, das quais 1.395 como comandante de aeronaves do tipo Embraer, e a sua licença mais recente havia sido renovada no dia 12 de abril de 2012. Segundo Marlene, o comandante passou por inspeção médica no dia 2 de setembro deste ano.

Fonte: AB

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