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sexta-feira, 15 de maio de 2015

Professores de SP em greve protestam contra Alckmin em evento com Haddad

Em greve há mais de dois meses, professores da rede pública estadual de São Paulo fizeram hoje (15) à tarde uma caminhada de cerca de uma hora e meia pelas avenidas Paulista e 23 de Maio, Praça da Sé e Largo São Francisco. A manifestação foi encerrada por volta das 20h. Eles reivindicam reajuste salarial de 75,33%. Durante o protesto, os professores procuraram o governador Geraldo Alckmin em uma faculdade da Universidade de São Paulo (USP), mas encontraram o prefeito da capital, Fernando Haddad.

Após aprovarem a continuidade da greve, os professores decidiram caminhar até o Tribunal de Justiça (TJSP), na Praça da Sé, e Secretaria de Estado da Fazenda, próximo ao tribunal, para pedir que a liminar obtida esta semana seja cumprida. Na quarta-feira (13), o TJSP determinou que o governo estadual deixe de descontar o salário dos grevistas. Com a decisão, os professores esperam que o valor descontado seja devolvido. Ainda cabe recurso da decisão.

Quando caminhavam pela 23 de Maio, próximo ao Viaduto Condessa de São Joaquim, no sentido centro da avenida, parte dos manifestantes resolveu invadir a pista oposta, sentido aeroporto ou bairro, de modo a interromper o fluxo de carros. Com isso, além do sentido centro, todo o sentido bairro da Avenida 23 de Maio ficou fechado durante cerca de 30 minutos. A liberação ocorreu das 18h30, quando o grupo de professores resolveu seguir os demais, que já se encontravam em frente ao Tribunal de Justiça.

No Tribunal de Justiça, os professores voltaram a se dividir. Parte seguiu em direção à Secretaria da Fazenda e o outro grupo seguiu para o Largo São Francisco, na Faculdade de Direito da USP, porque tinham obtido a informação equivocada de que o governador Geraldo Alckmin estaria participando de um evento no local. O Palácio dos Bandeirantes informou que Alckmin não foi ao evento e se manteve no palácio durante toda a noite. Enquanto caminhavam para o Largo São Francisco, os professores se depararam com uma manifestação organizada pelas Mães de Maio.

Na faculdade,  os professores encontram o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e o secretário municipal de Direitos Humanos, Eduardo Suplicy, que participavam de um evento no local. Eles decidiram entrar na faculdade, onde cantaram e protestaram.

Quando deixava o evento, o prefeito foi surpreendido por uma professora estadual que lhe mostrou o contracheque, informando que não conseguia viver com R$ 1,8 mil por mês. A jornalistas, o prefeito disse apenas que “estão mudando as estações”, referindo-se ao fato que o problema é do governo estadual e não do municipal.

No fim do protesto, a presidenta do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Maria Izabel Azevedo Noronha, admitiu que houve um equívoco do sindicato ao levar os professores ao Largo São Francisco. “Tomamos conhecimento que o Geraldo Alckmin estaria aqui. Os professores vieram porque estão fazendo a Operação Caça Alckmin, indo onde ele estiver. Eles não vieram aqui por causa do Haddad ou do Suplicy. Vieram por conta do Alckmin”, acrescentou Maria Izabel.

Para a Polícia Militar, cerca de 2 mil professores participaram da manifestação de hoje. Já os professores estimaram o público em 40 mil pessoas.

Por meio de nota, a Secretaria Estadual da Educação voltou a lamentar a greve dos professores. “A secretaria lamenta que, mais uma vez, uma das seis entidades que representam o magistério tenha decidido manter uma greve isolada, que objetiva promover seu calendário de mobilizações políticas e nitidamente contaminada por interesses incompatíveis com o momento econômico atual. A manutenção da paralisação se dá mesmo após a secretaria ter apresentado cinco propostas em benefício dos professores e garantido a manutenção da política de reajuste salarial, com data-base em julho. Os compromissos, que incluem ainda a extensão de benefícios como uma nova forma de contratação dos temporários e a inclusão destes docentes na rede de atendimento do Hospital do Servidor, foram reforçados e protocolados após a sétima reunião do ano realizada com a Apeoesp.”

Procurados pela Agência Brasil, representantes do Tribunal de Justiça não se manifestaram sobre o ato dos professores. Na Secretaria da Fazenda, ninguém,foi encontrado para falar sobre o protesto.

Fonte: AB

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