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terça-feira, 4 de agosto de 2015

Curiosidade, por Jeruza Lisboa Pacheco Reis

Já está curioso? Essa pergunta só faz aguçar ainda mais nossa curiosidade, não é mesmo?!

Em quaisquer segmentos da vida, porque ser curioso é inerente ao ser humano. Até os animais irracionais têm, basta ver um cachorro, por exemplo, seguir o cheiro de uma comida, por curiosidade instintiva. Claro que no ser humano, racional está de forma potencializada e necessária ao desenvolvimento. Imaginem o que seria das descobertas científicas se Isaac Newton (que revolucionou a Física), por exemplo, não tivesse a curiosidade de estudar "a queda de uma maçã”?!

A curiosidade, o interesse em algo específico, faz com que o cérebro consiga aprender e reter um tipo de informação. Já viram uma pessoa com brilho nos olhos quando estão diante do desconhecido? A curiosidade estimula as vias simpáticas do sistema nervoso autônomo do indivíduo, dilatam suas pupilas, mal entrando seu grau de excitação e atenção (sintomas externos aparentes), mas os sintomas internos são mais complexos de serem estudados, justamente por ser um fenômeno altamente abstrato.

Os cientistas, normalmente, encontram dificuldade metodológica para examinar e estudar a curiosidade, mas esse problema vem sendo superado graças às novas técnicas  de imageamento (um tipo de mapeamento por imagens), como a ressonância magnética funcional (FMRI) que permite observar o funcionamento do cérebro em tempo real enquanto a pessoa executa uma tarefa.

No nosso cotidiano temos um bom exemplo de curiosidade que custa caro, os motoristas que batem o carro ou se envolvem em acidentes de trânsito porque estavam distraídos olhando as redes sociais, como  o Facebook, Twitter ou WhatsApp, ou ainda, no micro, quando se deixa infectar por um cavalo de Tróia por clicar no link desconhecido. Pessoas mais curiosas têm uma ativação maior do córtex cingelada e da ínsula anterior e expressam sentimentos negativos mais intensos quando confrontados com situações de incerteza e ambiguidade.

Um grande exemplo de mulher curiosa que entrou para história: Marie Curie, nascida em Varsóvia (1867-1934), foi a primeira mulher a conquistar o prêmio Nobel  (ganhou duas vezes, de Física e Química), devido à descoberta no campo da radioatividade, descobriu ainda dois elementos químicos: o polônio e o rádio. Morreu de leucemia, devido à exposição a radiações durante seu trabalho.

Que bom seria se todos professores se dispusessem a discutir o conteúdo de forma a estimular a curiosidade, encantando o aluno, tal qual um diretor de cinema, que se esforça para planejar que a atenção e curiosidade do expectador se mantenham firmes do começo ao fim do filme. A curiosidade desperta o cognitivo e, sempre será o "pavio da vela" da aprendizagem.

Jeruza Lisboa Pacheco Reis é advogada e professora, mestre em Filosofia, vereadora em Poá, autora do livro “Rosa-Choque – Histórias de uma mulher que escolheu resistir, persistir e insistir” e do livro Poá: De Província à Estância Hidromineral.

Fonte: AI

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