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domingo, 3 de julho de 2016

No Pânico, Feliciano comenta polêmicas com Duvivier e explica a visão do Evangelho sobre homossexualidade

Na última sexta-feira, 01 de julho, o pastor Marco Feliciano (PSC-SP) concedeu uma entrevista ao programa Pânico, na rádio Jovem Pan FM, e falou sobre os assuntos que o cercam na mídia devido às bandeiras que defende em seu mandato como deputado federal e à mensagem que prega em seu ministério.

Após confrontar o comediante Gregório Duvivier ao vivo no dia 28 de junho (terça-feira) por causa de seu hábito de tripudiar sobre a fé cristã e fazer críticas direcionadas à bancada evangélica, Feliciano foi convidado a participar do programa e dar sua versão dos fatos.

O apresentador Emílio Surita pediu que Feliciano retirasse o processo contra o Porta dos Fundos, e o pastor explicou que não existe processo, pontuando que a mídia repercute de maneira errada os fatos. O pastor explicou que fez uma representação contra os humoristas, mas o Ministério Público recusou.

“Manda um recadinho pro Duvivier para não mentir muito. Ele falou que eram três [processos]. Ele repetiu seis vezes. Eu contei”, afirmou o pastor Marco Feliciano. Um dos apresentadores do programa perguntou a ele se político também não mente, e ele respondeu: “Alguns. Eu sou exceção”.

Comissão de Direitos Humanos
O pastor contou bastidores da época de sua eleição para a presidência da comissão, em 2013, que catapultou seu nome para as manchetes dos grandes veículos de imprensa e causou a maior perseguição político-ideológica dos últimos tempos.

“Todo grande movimento precisa de símbolos, não é? O contrário e o a favor. Quando eu assumi a Comissão de Direitos Humanos não foi por vontade própria. É bom que fiquem sabendo disso aqui. Eram 22 comissões permanentes na Casa, e a menor comissão era a de Direitos Humanos, que ninguém queria para nada. Era uma comissão emblemática para o PT, que a presidiu por 20 anos. Naquele momento, como era véspera de eleição – 2014 teria eleições [presidenciais] – o PT precisava de comissões que tivesse força política, como a CCJ, que é a Comissão de Constituição e Justiça, a Seguridade Social… Então, eles barganharam. Eles deixaram a Comissão de Direitos Humanos para ficar com a comissão maior. E como o meu partido era o menor partido que tinha o número suficiente de deputados para assumir uma comissão, calhou para o PSC a Comissão de Direitos Humanos”, explicou.

“Como é que eu fui parar na Comissão de Direitos Humanos?”, perguntou, retoricamente: “Eu devo isso ao deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ). Porque o Jean, quando ficou sabendo que o PSC – Partido Social Cristão, de direita, conservador – ia ficar com a Comissão de Direitos Humanos, que era o emblema do movimento LGBT e minorias… Como eu já tinha tido muitos embates com ele na Câmara, ele falou assim ‘só faltavam colocar o Feliciano como presidente’. Quando ele disse isso, ele repercutiu na internet. Rui Falcão, [presidente] do PT, foi questionado pelo [jornal] O Estado de S. Paulo, e ele disse assim ‘jamais, nós do PT vamos admitir que o PSC assuma essa comissão, e principalmente o pastor Feliciano’. Então, ele quis mandar no nosso partido”, explicou.

Cura gay
Feliciano afirmou que a pecha de pai do projeto apelidado pejorativamente como “cura gay” pela mídia é um equívoco que nunca foi corrigido, e que é uma desonestidade intelectual da parte dos formadores de opinião, pois o texto da proposta visava garantir amplitude de direitos.

“O presidente tem que fazer a comissão funcionar. E como a imprensa gosta de ver sangue – boa parte dela – ficavam no meu pé. ‘O senhor vai botar esse projeto [cura gay] para votar ou não?’ Eu disse ‘não tem clima para votar esse projeto’. Aí, escreviam ‘Feliciano é covarde e não quer colocar [em votação]’. O dia que eu não tinha mais o que fazer e tinha que colocar o projeto para votar, colocaram [na mídia] que eu era o pai do projeto. O projeto era do PSDB (partido socialista), era de um deputado de Goiás, João Campos. Eu só era o presidente daquela comissão que tinha que botar aquele projeto para votar, só isso”, contextualizou.

Rebatido por um dos apresentadores que mesmo não sendo autor do projeto, ele colocou para votar, o pastor respondeu, didaticamente: “Não tinha outro jeito. A Comissão não poderia ficar parada. A comissão tem que trabalhar. Sentaram em cima de um projeto, e isso é uma vergonha […] Eu tinha que fazer a comissão funcionar. Quem ia debater isso era o colegiado, que decide se o projeto é meritório ou não”.

“A imprensa colocou o nome de ‘cura gay’, e isso foi ruim, porque todo mundo começou a falar de cura, que [considerávamos que] era doença. Eu nunca disse que homoafetividade era doença. Eu sempre disse que é um fenômeno de comportamento. Para mim ainda é um fenômeno de comportamento. Existem livros, centenas… Eu me tornei mestre em ‘gaylologia’. Eu li livros de psicologia em inglês, espanhol. Só no Brasil existe isso [de proibir um psicólogo de atender um homossexual que queira deixar a prática]”.

Após a narrativa sobre os fatos, o pastor aproveitou para expor seu pensamento sobre o cenário de que o projeto tratava: “Só para terminar essa questão do direito, da liberdade. Se uma pessoa vai no psicólogo hoje e diz assim ‘eu estou me descobrindo gay, eu quero que você me ajude’, o psicólogo brasileiro tem toda a liberdade para tratar, para dar a chave para a pessoa sair do armário e fazer ela se sentir feliz. Eu acho lindo, porque isso é direito. Sempre houve isso. O que acontece é quando uma pessoa chega no psicólogo e diz assim ‘olha, eu estou me sentido assim, mas eu não quero me sentir assim, eu quero ser homem porque eu tenho aqui no meio das minhas pernas um órgão genital masculino e não me aceito assim’. A pessoa não se aceita assim. O que o psicólogo faz? Ele tem que atender a pessoa naquilo que ele quer, a demanda da pessoa. Se o psicólogo do Brasil falar assim para ele ‘você quer o quê, não quer ser [gay], não posso te ajudar’. Você não sabe se houve um trauma, se você pegar livros de homoafetividade – que eu já li -… é claro que não é regra, mas 90% dos casos houve abuso infantil, traumas, transtorno bipolar, transtorno de imagem”, ponderou.

Assista na íntegra a entrevista do pastor Marco Feliciano (PSC-SP) ao programa Pânico no rádio - ATENÇÃO: Os membros do Programa Pânico, usam de palavras de baixo calão

Fonte: GM

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