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sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Jornalista lança livro para mães e pais de UTI próximo da comemoração do Dia Mundial da Prematuridade

Luciana Mazza
Lá dentro, dois corações batem no mesmo ritmo e no mesmo compasso e, então, chega a notícia: É preciso um milagre...

O caminho natural das coisas é que a mãe, após dar a luz, receba seu bebê nos braços o quanto antes, a partir deste instante começa a jornada da transformação da mulher em mãe. Mas nem sempre a história segue essa ordem... Em todo o mundo, por dia, 41.095 bebês nascem antes de completar 37 semanas de gestação, estima a Organização Mundial da Saúde (OMS). Um estudo da Warren Alpert Medical School, da Universidade de Brown, nos Estados Unidos, aponta para o impacto do parto antecipado nas mães. Segundo pesquisa divulgada na última edição do The Journal of Pediatrics, a incidência da depressão pós-parto nessas mulheres é grande chega a ser o dobro da registrada entre as que chegaram ao fim. Além disso a prematuridade também é responsável por outros problemas como os visuais, auditivos e neurológicos. No Brasil, segundo estudos da Fiocruz, 10% das gestantes recebem o bebê bem antes da data esperada, o que era para ser um momento tranquilo e festivo para toda família se torna um turbilhão de sentimentos, novidades, emoções, medos e incertezas, entre fios, oxímetros, aparelhos barulhentos e muitas vezes diagnósticos assustadores... Diante disso tudo duas realidades: filho e mãe precisam se recuperar. No caso da mãe, a situação se torna traumática pois todo o foco está na recuperação do bebê e ela, por ter que cuidar do próprio filho mesmo estando em recuperação, na maioria das vezes fica esquecida. Quem cuida das mães de UTI? Existe uma recuperação física e também emocional que precisa acontecer! Do outro lado, o bebê é cuidado por toda uma equipe multidisciplinar de médicos que não podem “antecipar as coisas”, cada dia deve ser vivido de uma vez, sem pressa... Então, quando esse processo demora além do imaginado: Socorro!

Uma mãe se torna "mãe de UTI" quando recebe a informação que seu filho não pode ir para o quarto e que terá que visitá-lo numa Unidade Intensiva Neo Natal. O recém-nascido, que naturalmente seria cuidado pela nova família, passa a ser tratado por uma equipe de médicos e enfermeiros, dentro de um ambiente na maioria das vezes frio e com ares de hostilidade. "Não há dúvidas de que ser mãe de um bebê prematuro é muito dolorido, traumático, necessitando dos pais uma força emocional porque não dizer espiritual e psíquica tremenda, a passagem por uma UTI Neo Natal é comparada por alguns estudiosos como um trauma similar ao vivido em guerras.  Essa comparação se dá em grande parte pelo fato de não se saber o que vai acontecer e quem vai sobreviver", relata a jornalista Luciana Mazza, que acabou de escrever o livro “Gerando Milagres”, onde conta a história de sua filha Chaya Gabor, que além de ser prematura extrema, nasceu com apneia da prematuridade. “Ela simplesmente esquecia de respirar e tinha que ser estimulada constantemente, senão morria”, lembra a autora. E ainda recorda: “o pior momento foi se deparar pela primeira vez com minha filha dentro de uma incubadora, cheia de fios, no balão de oxigênio, com a mãozinha roxa de tantas agulhadas e sem a tão sonhada previsão de alta! Isso é algo que choca, simplesmente aterrorizante, que marca pelo resto da vida qualquer mãe ou pai”, explana. Por isso que se fala que ser mãe ou pai de UTI é ser mãe e pais duas vezes.

Chaya Gabor hoje tem 6 anos, é uma criança totalmente saudável, sem sequela nenhuma, mas sua mãe afirma que até hoje a atenção com ela é redobrada e que quando fecha os olhos consegue ainda ouvir o barulho do oxímetro do hospital no subconsciente. Sem dúvida foi uma batalha dentro de uma guerra!

Pensando em tudo que passou e na intenção de ajudar outras mães e pais de UTI, Mazza, autora do livro, fala sobre sua obra: “por várias vezes fui indagada por pessoas que se identificavam com a minha história sobre quando essa experiência se tornaria um livro... E por muito tempo pensei em como fazê-lo, sim, porque não queria que fosse algo frio, distante da realidade do leitor, cheio de palavras e com ausência de sentimentos, sem nenhuma aplicação real, como muitos que existem por aí a serem arrumados e esquecidos numa estante. Quando sentei na frente do meu computador decidida a escrever essa história, pensei numa conversa sincera e franca com cada mãe ou pai que está passando pelas dificuldades que passei e procurando palavras sinceras de encorajamento nesse delicado momento! Um livro vivo, de vários donos, que forma uma grande corrente de amor, onde um vai indicando ao outro: quero te desafiar a começar a acreditar em milagres! Pois eu tenho muitos na minha vida! Mas o maior de todos se chama Chaya Gabor. Meu desejo é oferecer folha a folha, por meio da minha história e da Chaya, as respostas para a maioria das perguntas que se passam na cabeça de um pai ou de uma mãe que já sofreram ou ainda passam seus dias numa UTI ou, ainda, para pessoas que precisem de inspiração e motivação para enfrentar os desafios e lutas da vida. Nem todo o começo acontece da forma que planejamos, mas ainda assim podemos aproveitar o acaso, as vias paralelas e o inesperado, para nos prepararmos para o melhor de nossas vidas nos finais surpreendentes que o maior de todos os médicos nos reserva”, finaliza ela.

O livro "Gerando Milagres" chega ao mercado essa semana com ótimas expectativas, lembrando que no próximo mês, no dia 17 de novembro é comemorado o "Dia Mundial da Prematuridade". Esse livro é um manual para mães e pais de UTI, um amigo inseparável, certo nas horas incertas, se tornando um livro de bolsa, de carro ou de cabeceira indispensável para todos os momentos de quem vive ou já viveu essa realidade. "Gerando Milagres" poderá ser comprado no formato impresso ou em e-book. Interessados já podem fazer a compra pelo site, clicando aqui.  

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